quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Para que essa eleição não se torne uma brincadeira de ...

... cabra cega , é imperioso que a nova personagem introduzida pelo infortúnio do seu companheiro de chapa, mostre a carinha em diversos aspectos controvertidos da coligação que agora lidera .A liberdade exige o exercício ativo e pleno da cidadania assim devemos aceita- la com maturidade . Mas ela nos deve clareza nas suas diretrizes, pois mesclando suas orientações ... enquanto política atuando no cenário nacional  notadamente no Senado Federal , com as da coligação que armou com o saudoso Eduardo ... ficamos sem saber para onde vamos ! Apenas nós  ? ... não , vejam o que diz o Elio Gaspari no trecho destacado do artigo transcrito de O Globo :
















Trecho destacado do artigo :

"Até agora, o programa de
sua chapa foi ralo e confuso. Fala
em “eixos programáticos”, “brasileiros
socialistas e sustentatabilistas”,
“borda de desfavorecidos” , “democracia
de alta intensidade”, em “ampliar                            
a dimensão dos controle expost
frente à primazia do controles
ex-ante”. Propõe plebiscitos e “um
novo Estado”. Isso pode dar em
qualquer coisa."

É verdade ! ... nossas campanhas eleitorais costumam a ser puramente disputa de poder político e mais nada que justifique perante o eleitorado seu auto custo . Como destaquei em publicação anterior penso que nesta disputa eleitoral dado ao que vem acontecendo no mundo e aqui , é extremamente importante discutirmos o  "para onde vamos" . Com meus quase 80 anos já dei dois mergulhos no desconhecido, e em ambos quebramos a cara ... para mim é o suficiente... não sei se para os mais jovens a aventura é fascinante - eu certamente não recomendo ... sem maiores explicações (convincentes) do rumo que tomaremos , fico com o Aécio , e seu grupo político... que já conhecemos bem . Até mais ... e juízo aos jovens é o que desejo de coração !  
Mas não sem antes esclarecer um pouco o meu temor . Amenina lá em cima vai ter que decidir  entre outra coisas importantes , qual o futuro formato de nossa matriz energética ... ou deixar para lá o que seria um desastre ao meu modo de ver as coisas do nosso país . Vejam o que sobre o assunto... que já classifiquei em postagem anterior como urgente , pois não se resolve de uma hora para outra, e ocupa um lugar chave no caminho crítico do nosso desenvolvimento, que sustentará tudo mais ... o Agostinho Vieira : 






Economia
Verde

19 milhões
Foram os votos que Marina Silva teve na última eleição.
Agora, as pesquisas indicam que ela pode chegar mais
longe. É hora de apresentar propostas claras e mostrar
como fazer e quanto custará para que o Brasil siga o
caminho do desenvolvimento sustentável.

A responsabilidade de Marina

Pelo menos dois benefícios, ambos
relevantes, a candidatura de Marina Silva
traz para a campanha presidencial. O
primeiro, imediato. O pleito ficou menos
monótono, ganhou bastante em emoção. A
segunda vantagem é que alguns temas, que
andavam convenientemente esquecidos,
como mobilidade urbana, clima,
biodiversidade, lixo, energias renováveis,
água e saneamento voltarão para a pauta.

Mas existe uma diferença importante entre a
Marina de 2010 e a de 2014. A que subiu no
palanque há quatro anos não tinha grandes
pretensões. Mesmo assim, mobilizou o eleitorado jovem,
urbano e surpreendeu o país com 19 milhões de
votos. A de hoje, segundo as pesquisas, não é mais
uma aposta, uma tentativa qualquer. Impulsionada
pelos erros do governo, pela falta de carisma da oposição
e pela comoção causada pela morte de Eduardo
Campos, a senadora do Acre passa a ter chances
reais de assumir o posto mais importante do país.
E essa posição, alguém já disse, separa os homens
dos meninos. Será uma pena e uma perda de tempo
se Marina passar pela eleição balançando a bandeira
da sustentabilidade como se estivesse em um comício.
O momento exige que a candidata mostre claramente
o que pretende fazer. Diga quanto vai custar
investir nas alternativas A ou B e como financiará as
propostas. Além, é claro, de apresentar o modelo de
governança que usará para alcançar tais objetivos. O
que inclui muita negociação, inclusive no Congresso.
Existe uma tendência nas pessoas a simplificar a
vida e as discussões. É muito mais fácil classificar o
candidato A como verde, o B como marrom e o C como
cinza, do que entender exatamente o que eles
pensam. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
já disse mais de uma vez que quando deixar o
governo escreverá um livro com o título “Cinquenta
tons de verde”, falando sobre as diversas correntes
que dividem o chamado setor ambiental no Brasil.
Isso fica claro, por exemplo, quando se aborda a
questão da matriz energética brasileira. Devemos ou
não continuar construindo hidrelétricas na Amazônia?
Se sim, elas seguiriam o modelo fio d’água, com
pequenos lagos, ou voltariam a ter grandes reservatórios?
O primeiro preserva mais a floresta, mas garante
menos energia. Sem a energia hídrica, é preciso
apelar para as poluentes e ineficientes usinas termoelétricas.
Também há quem defenda que não se toque
mais na floresta e que o país volte a investir pesadamente
em energia nuclear.
Ou seja, não tem nada de simples e nem de óbvio.
Não existe resposta certa. Todas apresentam vantagens
e desvantagens. É preciso fazer conta, pesar as
consequências para o presente e para o futuro. Há
muito a sustentabilidade deixou de ser coisa de ecochato.
O aquecimento global e os evidentes limites
do planeta acabaram com essa bobagem. Não dá
mais para falar sobre o futuro do Brasil sem considerar
as mudanças climáticas e todos os seus efeitos.
Seria ou será uma enorme irresponsabilidade.
E não são apenas os danos ao meio ambiente. Trata-
se também de uma questão econômica. Quanto
custará explorar o pré-sal se o mundo resolver taxar
as emissões de CO2? Mas é, principalmente, um problema
social. Pois serão os pobres da Baixada e do
sertão nordestino os mais afetados pelas cheias e pelas
secas. Ah, mas se isso acontecer será só em 2050.
Não é verdade. Esse é um problema de hoje, que precisa
ser enfrentando pelos eleitos de outubro.
Assim como é preciso acelerar a universalização do
saneamento no país. Nossa maior vergonha. A meta
de 2030 é imoral e antiética. Resolver a coleta e o tratamento
adequado dos esgotos ajudará a solucionar
o problema da água, que aflige enormemente a população
do Rio, de São Paulo e de Minas. Antes, a falta
d’água era coisa de rincão no Nordeste, agora ela
bate nas portas dos Jardins e do Leblon.
Outro tema que não pode esperar mais quatro anos
é o lixo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos é
boa, mas não está sendo implantada como deveria.
Falamos de lixões, assunto do século passado. Deveríamos
estar tratando de aproveitamento energético
dos resíduos, reciclagem e compostagem.
O mundo caminha para uma economia de baixo
carbono. Não porque é politicamente correto, mas
porque não há alternativa. Podemos encarar o fato
como ameaça ou oportunidade. Só não há mais tempo
e espaço para fingir que nada acontece. Estará nas
mãos de Dilma, Aécio ou Marina liderar esse processo.
A história e o acaso os puseram nesta situação. l
Pelo menos dois benefícios, ambos
relevantes, a candidatura de Marina Silva
traz para a campanha presidencial. O
primeiro, imediato. O pleito ficou menos
monótono, ganhou bastante em emoção. A
segunda vantagem é que alguns temas, que
andavam convenientemente esquecidos,
como mobilidade urbana, clima,
biodiversidade, lixo, energias renováveis,
água e saneamento voltarão para a pauta.

 Vamos pensar bem no que faremos em outubro  !!!  A Dilma acabou comprando os caças certos ... os dos amigos Suecos socialistas ... a Marina vai topar as usinas do Putin arriscando um novo desastre por aqui ? Vai sair para outra ? o que fará ... olhem o cara está louco para vende - las para nós ... já começou por comprar nossos frangos e bois ... . Vamos lá , queimem suas massas cinzentas , e boa sorte para todos nós !!!


                                                              

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Esse nó eleitoral precisa ser ...

... desatado com competência, e patriotismo ... ie, sem preocupações eleitoreiras . O caranguejo (Brasil atual ) precisa transformar - se em Pais !A liberdade exige o exercício ativo e pleno da cidadania que inclui o respeito aos direitos dos demais cidadãos ... assim o PSB e seus aliados estão com a palavra , aos demais cabe aguardar .Mas podemos como cidadãos interessados opinar . Somos eleitores aos quais foi apresentada uma equação eleitoral que a fatalidade desfez ! Refaze - la no momento exige respeito aos seus dados originais . Tínhamos até a fatalidade dois candidatos, hábeis articuladores, de caráter ético excelente versus uma gerentona tipo brucutu acompanhada de articuladores de pouca qualidade ética ... pelo menos é o que a realidade dos seus feitos, e malfeitos, mostra para a maioria de nós . A bem da verdade dê
-se à Dilma o desconto de ter herdado dos 8 malditos anos do seu antessessor uma herança ética maldita que tentou resolver no tapa ... não deu , assim seu desgoverno nos transformou em caranguejos !!! Agora a equação eleitoral que foi armada dava duas chances de resolver , ou tentar resolver , a encrenca : dois articuladores de caráter ético excelente ! O Eduardo tinha como vice a Marina grande patrimônio da política nacional porém belicosa (no bom sentido ) e portanto não tão adequada como o Eduardo era para o desafio brasileiro para os próximos 4 anos : articular os atores políticos que o povo eleger, e institucionais   que já compõem o Estado Brasileiro para deslanchar o Pais . Ela já foi experimentada na sua passagem pelo Senado Federal ... é uma articuladora de qualidade ética equivalente ao falecido Eduardo, mas para unir os opostos em uma tarefa conjunta que os convide à abandonar a bufunfa, e trabalhar pela Nação... sei não ! Também não sei se haverá dentro da coligacão alguém com melhores qualificacões para a tarefa... e o vice ?Já o outro , o Aécio reúne as melhores qualidades para a tarefa, e os meios mais adequados... ie base de sustentação de boa capilaridade nacional . Acontece que da escolha que fará o PSB, e seus aliados, resultará uma grade mudança nas intenções de voto atuais ( antes da tragédia ). Que se orientem pelos melhores propósitos,  é o que podemos almejar ! Mas isso vai depender da proporção entre bufunfeiros e patriotas dentro da coligação que vai tomar a decisão ... Deus nos ajude ! Até mais !

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Por falar em Micos, este do Governo atual na área da energia ...

... bate todos !A liberdade exige o exercício ativo e pleno da cidadania , então vamos em frente : o Pais está indo para o brejo ... metáfora talvez demasiado forte ... mas anda como caranguejo , ie - para os lados , para traz e para frente a fim de se esconder em tocas . Lugar preferido por caranguejos é o brejo ... assim não há metáfora melhor para caracterizar o que ocorre principalmente na nossa economia !Podem discutir ... o que é muito bom ... gargalos outros como : política fiscal , sistema eleitoral , política macro econômica , estratégia da política externa , marcos regulatórios estáveis , etc ... contudo se não consertarmos e impulsionarmos nossa matriz energética - estamos ameaçados de seguir como caranguejos na economia .E advirto que em matéria de matriz energética não se caminha a não ser com muito planejamento e trabalho impulsionado por vultuosos capitais ... ie, leva tempo e requer recursos pesados . Aqui cedo a palavra ao Raul Velloso que publicou um excelente artigo sobre o grande mico que resultou da desastrada política energética da presidentA . Mico que segundo ele ficou com as distribuidoras ... e delas passará para nos , ie ele, eu, e vocês . Segue o citado artigo para que vocês se inteirem do que foi esse mico que tem pouco a ver com a falta de chuvas ( estiagem ) e mais com incompetência mesmo :

O mico ficou com as distribuidoras

No centro da crise de energia está um
forte descompasso entre oferta e demanda,
cuja causa básica é a busca
desenfreada das menores tarifas
imagináveis, entre outros cerceamentos criados
pelo governo. No discurso oficial, o vilão é a seca
atípica. Esse quadro se repete na área de
transportes, em que as deficiências são tão ou
mais acentuadas, conforme discuto em dois livros
sobre o tema, disponíveis para download
em minha página: <raulvelloso.com.br>.
Se o governo está sempre procurando baixar as
tarifas a qualquer custo, a demanda tende a aumentar.
Na contramão, vários fatores prejudicam
a expansão da oferta: leilões pouco atrativos; concessionários
oportunistas ou estatais incapazes
que atrasam a entrega de usinas ou de linhas de
transmissão; seca; planejamento governamental
mal coordenado, com projetos de geração que
comprometem o crescimento da oferta, tornando-
o insuficiente para acompanhar o aumento da
demanda; e demora para conceder licenças ambientais
para os empreendimentos. Isso tudo faz
com que, uma hora, a oferta “normal” fique abaixo
da necessária para atender à demanda, mesmo
em situações em que o cenário hidrológico é apenas
levemente desfavorável, levando a pressões
altistas sobre os preços praticados.
Como o sistema brasileiro é fundamentalmente
movido a água, torna-se vulnerável ao
clima e a pressões do lobby ambiental. Construiu-
se, assim, um exército de termelétricas
com elevado custo de produção, que deveriam,
portanto, ser acionadas só emergencialmente.
Até 2012, as usinas térmicas geravam cerca de
10% da oferta total. Desde outubro de 2012, no
entanto, sua participação na geração de energia
aumentou para algo entre 20% e 30%, sem prazo
para retornar ao patamar anterior à crise. Por
conta disso, o custo da carga de energia consumida
no país deu um salto de R$ 2,3 bilhões por
mês, em cálculo simplificado divulgado pelo site
Ilumina. Isso implica uma conta gigante que
pode chegar a R$ 50 bilhões e que terá de ir para
o consumidor, a menos que este receba subsídios
públicos. Só que, por enquanto, a conta tem
apenas equacionamento parcial.
A pergunta central, então, é: por que, a despeito
do acionamento das termelétricas, os reservatórios
das hidrelétricas vêm caindo e estão em níveis
que se aproximam da experiência de 2001 se a seca
não tem sido tão intensa como o governo diz?
Em particular, por que não foram leiloadas, para
funcionar na base, mais termelétricas movidas a
gás ou a bagaço de cana, que apresentam menor
custo operacional? Problemas com a Petrobras,
má vontade com o setor de açúcar e álcool? Similarmente,
por que não foram feitas mais hidrelétricas
com reservatórios?
Segundo os dados apresentados pela consultoria
PSR à GloboNews em 14 de abril, o problema
não está na hidrologia. As razões para o desequilíbrio
entre oferta e demanda estão nos vários atrasos
de entregas de obras, o que, em boa medida,
se deve ao populismo tarifário, e em sérios defeitos
no planejamento do sistema, a cargo do governo.
A PSR demonstrou que o governo, ao não atualizar
parâmetros básicos do modelo de projeção
respectivo, vem subestimando de forma relevante
a necessidade de oferta adicional.
Na trilha do populismo tarifário, houve ainda a
tentativa de reduzir as tarifas em 20%, com base
na MP 579/2012, que permitiu a antecipação, em
cerca de três anos, do término de contratos de geração,
em troca de renovação da concessão. No
segmento de geração, praticamente só as empresas
estatais federais aderiram à proposta. A adesão
teria sido maior se tivesse sido negociada adequadamente
e se o momento fosse outro, sem evidências
de escassez de oferta. Na época, as geradoras
podiam vislumbrar que teriam de adquirir
energia térmica bem mais cara, para honrar os
contratos que mantinham com as distribuidoras.
Por que, então, aderir à MP 579 se o mercado
aquecido abria a oportunidade para vender a parcela
que estivesse descontratada no mercado livre?
Para piorar, confiante no sucesso da MP 579,
o governo deixou de realizar o leilão de energia
que estava programado na época da edição da
MP, que resolveria o problema da descontratação
pelo qual as distribuidoras passaram em 2013/14.
Ou seja, é má gestão por todos os lados, conjugada
com o populismo tarifário.
O governo trabalhou bem em apenas um aspecto:
eximir-se de responsabilidade pelos problemas.
A ponto de o noticiário cometer o erro
sistemático de atribuir as mazelas do processo
às distribuidoras e às geradoras. Aquelas somente
repassam, para o consumidor final, o
custo (às vezes alto) da energia que adquirem.
Já o aumento do custo de geração decorre de
um planejamento malfeito. Não cabe, portanto,
puni-las, inclusive financeiramente, pelo aumento
de custos que vem sendo observado.
Deixar a bomba explodir em seu colo implica
atribuir-lhes um risco que não deveriam assumir.
Tal política desestimularia o investimento
privado ou exigiria preços mais altos para compensar
os riscos, aumentando desnecessariamente
os custos da energia elétrica no país. l
RAUL VELLOSO
Raul Velloso é economista
Fica a certeza de que precisamos agir , desses que nos governam atualmente não espero muita coisa . Suas preocupações são outras ... e ressalto aumento de PIB ... o que atualmente é manga de colete...  não significa caminhar de verdade .Sem trabalhar nossa matriz energética ficamos caranguejos, e fim de papo . Eu não votarei nela... a criadora de micos , e você ? Até mais ! 

sábado, 9 de agosto de 2014

Em defesa de melhores padrões para a Democracia ...

... no Brasil , reiteramos que a liberdade...seu  fundamento inviolável , que exige o exercício ativo e pleno da cidadania ... foi criminosamente atingida no episódio dos perfis adulterados . Míriam, e Sardenberg, DOIS CORAJOSOS JORNALISTAS, por assumirem, face ao descalabro da governança macro econômica do governo atual, posição crítica desfavorável, foram dura, e criminosamente punidos ! O governo democrático de FHC foi claramente substituído por governo autocrático inimigo da democracia . A punição estúpida, injusta e criminosa , caiu também sobre a Nação que caminha para mais uma eleição presidencial : que vergonha !não querem que tenhamos formadores de opinião independentes com consciência critica ... que coisa lamentável ! Publico a auto defesa de Míriam, e rezo para que o episódio não caia no esquecimento em meio ao dilúvio de acontecimentos estarrecedores que chovem nesse período eleitoral .Segue o artigo de autodefesa citado :
miriamleitao@oglobo.com.br
Só no segundo momento é que pensei no fato
de que os ataques eram contra mim e meu
colega Carlos Alberto Sardenberg. Ninguém,
evidentemente, tem que concordar com o que eu
escrevo ou falo no rádio e na televisão. Há, em
qualquer democracia, um debate público, e eu gosto
de estar nele. Mas postaram mentiras, e isso pertence
ao capítulo da calúnia e difamação.
Tenho 40 anos de vida profissional e um currículo
do qual me orgulho por ter lutado por ele, minuto a
minuto. Acordo de madrugada, vou dormir tarde, estudo
diariamente, falo com pessoas diversas, apuro,
confiro dados, para que cada opinião seja baseada
em fatos. Alguns temas são áridos, mas gosto de mergulhar
neles para traduzi-los para o público.
Na primeira vez que um amigo me mostrou o perfil
cheio de ataques na Wikipédia fiquei convencida de
que era coisa de desocupados. Saber que funcionários
públicos, computadores do governo, foram usados
na Presidência da República para um trabalho
sórdido assim foi um espanto. Uma das regras mais
caras do Estado de Direito é que o grupo político que
está no governo não pode usar os recursos do Estado
contra pessoas das quais não gosta.
O início da minha vida profissional foi tumultuado
pela perseguição da ditadura. No Espírito Santo,
fui demitida de um jornal por ordem do governador
Élcio Álvares. Em Brasília, fui expulsa do gabinete
do então ministro
Shigeaki Ueki, durante
uma coletiva, porque
ele não gostava das minhas
perguntas e reportagens.
O Palácio
do Planalto não me dava
credencial porque
eu havia sido presa e
processada pela Lei de
Segurança Nacional.
Aquele governo usava
o Estado contra seus
inimigos. E eu era, sim,
inimiga do regime.
Na democracia, em
todos os governos, ouvi
reclamações de ministros
e autoridades que
eventualmente não
gostaram de comentários
ou colunas que fiz.
Mas eram reclamações
apenas, algumas me ajudaram a entender melhor
um tema; outras eram desprovidas de razão. Desta
vez, foi bem diferente; a atitude só é comparável com
a que acontece em governos autoritários.
O Planalto afirma que não tem como saber quem
foi. É ingenuidade acreditar que uma pessoa isolada,
enlouquecida, resolveu, do IP da sede do governo,
achincalhar jornalistas. A tese do regime militar
de que os excessos eram cometidos pelos “bolsões
sinceros, porém radicais” nunca fez sentido. Alguém
deu ordem para que isso fosse executado. É
uma política. Não é um caso fortuito. E o alvo não
sou eu ou o Sardenberg. Este governo desde o princípio
não soube lidar com as críticas, não entende e
não gosta da imprensa independente. Tentou-se
no início do primeiro mandato Lula reprimir os jornalistas
através de conselhos e controles. A ideia jamais
foi abandonada. Agora querem o “controle social
da mídia”, um eufemismo para suprimir a liberdade
de imprensa.
Sim, eu faço críticas à política econômica do governo
porque ela tem posto em risco avanços duramente
conquistados, tem tirado transparência dos
dados fiscais, tem um desempenho lamentável,
tem criado passivos a serem pagos nos futuros governos
e por toda a sociedade. Isso não me transforma
em inimiga. E, ainda que eu fosse, constitucionalmente
o governo não tem o direito de fazer o
que fez. É ilegal e imoral. l
À margem da lei
No princípio, eu me assustei como cidadã.
Era difícil acreditar que da Presidência da
República foram postados ataques
caluniosos a pessoas, porque na democracia
o aparato do Estado não pode ser usado
pelo governo para atingir seus supostos
adversários. A propósito: não sou adversária
do governo; sou jornalista e exerço meu
ofício de forma independente.
Pontos chave :                                      
1
Governos democráticos
não podem usar o aparato
do Estado para atacar um
cidadão
2
Presidência da República                                                
diz que não tem como
saber quem alterou perfil
de jornalistas
3
Governo não sabe lidar com
as críticas, não entende e
não gosta de imprensa livre
e independente
Casos semelhantes porém de menor gravidade não tiveram consequência alguma :
- no governo Lula o caso dos aloprados ... apenas um ai/ai /ai
-no governo Lula  o Mensalão ... o STF foi duramente criticado pelos que nada viram de anormal
- agora na Petrobras ...
-as maquiagens do Guido ... podem ter sido o estopim para as divergências da Míriam cujos artigos eu leio com frequência,e lembro serem muito bons mas, não eram tão negativos para o governo ...o que me desagradava um pouco !
EM TODOS DE ALGUMA FORMA A DILMA ROUSSEFF ESTÁ ENVOLVIDA... não sei se com responsabilidade direta .... mas está  ! Você pretende reelege la ? e o Ex- presidentO...é TOTALMENTE INOCENTE ? Fiquem em paz com suas consciências ... é o melhor que podemos fazer no momento ! Até mais !