domingo, 22 de janeiro de 2012

Amulher que matou o maridooo ...

... você corria, e comprava o jornal ...nele não havia nada que correspondesse à manchete ... dizia - se na época : PASQUIM . A liberdade exige o exercício ativo e pleno da cidadania ... MAS ...  dentro de limites éticos principalmente por parte da Imprensa . Sábado , um Amigo de minha filha, que é honesta e juíza do TRT Primeira Região  , publicou em O Globo  na pag 7 do Primeiro Caderno em Opinião , um artigo de sua autoria falando sobre o absurdo de baseado em uma linha de Planilha fazer tanto alarde no noticiário . Transcrevo o artigo do Juiz Amigo para através do meu modesto blog tentar diminuir o descalabro da diferença de tratamento , pois hoje Domingo, o jornal O Globo abre manchete principal sobre o assunto ...  mas quando se compra o jornal, e se lê o artigo, verifica -se que tudo é abrandado no texto : somente suspeita , doleiro de contratação duvidosa é responsável pela esmagadora maioria da movimentação financeira , tudo pode até ser legal , etc ...  sábado nem referência ao artigo do meu Amigo o jornal  pôs na primeira página  ... dando a ele um cantinho na número 7 . Segue transcrição do artigo do meu Amigo Juiz do TRT Primeira Região :


ANDRÉ VILLELA
Uma movimentação financeira
“atípica” efetuada em 2002 colocou
a Justiça do Trabalho
do Rio em todos os noticiários
nos últimos dias. A data grita aos
olhos: a questão vem a público passada
nada menos que uma década. E a fonte
da informação também chama atenção.
Diga honestamente: até poucos dias
atrás, você já havia ouvido falar do
COAF? A sigla que nomeia o conselho do
Ministério da Fazenda responsável pelo
controle de atividades financeiras no
país era uma ilustre desconhecida na
maior parte da semana passada.
O fato é que uma movimentação financeira
da ordem de R$ 282 milhões
ao longo de um ano foi detectada, envolvendo
“alguém ligado” ao TRT da 1a-
Região. Ponto. Este é o fato, verbalizado
e noticiado, sem especificar nomes
ou cargos. Mas, neste momento, importa
observar a pergunta que paira no ar,
sugerida nas entrelinhas: a Justiça tem
idoneidade para cumprir seu papel? Em
verdade, a questão que se levanta é de
maior fôlego: quais as raízes mais profundas
que levam o tema da moralidade
da Justiça a entrar em pauta?
Antes que o leitor se apresse a sentenciar
o texto nos extremos do corporativismo
ou do conspiracionismo, esclareço
que nosso objetivo aqui em nenhum
momento é questionar se o COAF
é competente para realizar o acompanhamento
financeiro em questão (espera-
se dele este papel) ou o tempo decorrido
do fato (em casos em que a coisa
pública é lesada não há prescrição de
crime). No entanto, chamamos atenção
para o momento em que a divulgação
do fato foi realizada, pois não se trata de
uma investigação ainda. Tudo gira em
torno de um dado de relatório, uma linha
de planilha que servirá como ponto
de partida de apuração.
E apuração decerto haverá. Uma
Justiça forte é o avesso de uma Justiça
cega para si mesma. Admitir falhas,
quando elas acontecem, e, mais que isto,
reparar os erros, é uma condição
desta característica de fortaleza que se
almeja. A Justiça não foge e nunca fugirá
do seu compromisso com o cidadão
e com o país, respeitado sempre o
devido processo e a ampla defesa, sem
linchamentos públicos.
Levar a público uma informação que
ainda não foi apurada e investigada suscita
muitas perguntas. A quem interessa
a fragilização do Judiciário por meio de
denuncismos na imprensa? A quem interessa
propagar entre o público a sugestão
de que a Justiça não é idônea,
justamente às vésperas da discussão —
polêmica, diga-se — sobre o papel de regulação
do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ)? A quem interessa colocar em
conflito a autonomia de corregedorias
locais e federais? Mesmo correndo o risco
de ser taxado de corporativista ou
conspiracionista, não sei a quem a fragilização
do Judiciário pode interessar,
mas sei a quem ela definitivamente não
interessa: ao Brasil e à democracia.
ANDRÉ VILLELA é juiz do Trabalho, titular
da 46a-
Vara do Trabalho-Rio. 
Quanto ao comportamento do jornal só posso lamentar ...embora continue como assinante . Seria digno se desse ao André Villela o mesmo tratamento dado aos detratores da Justiça Brasileira . O Globo não precisa desse expediente para vender jornal ...e acredito que nem o jornal nem o presidente da OAB- RJ DESCONHECEM A NECESSIDADE de se respeitar o devido processo, e ampla defesa aos  `` suspeitos ´´ apesar de provavelmente não terem carteirinha do PT . Quanto ao conteúdo do artigo espalhafatoso minha crítica é a quase ausência de conteúdo provado ... parece coisa de pasq... deixemos assim . Até mais !!!


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