domingo, 6 de novembro de 2011

Em fim uma voz categorizada e reconhecidamente honesta ...

 apesar das tentativas safadas do Petismo de intriga - lo ... se levanta para mostrar de forma competente que é urgente  corrigir rumos A liberdade exige o exercício ativo e pleno da cidadania ... é o que FHC ESTÁ FAZENDO . O Artigo que publicou no O Globo é simplesmente fantástico sob o ponto de vista de concisão e clareza . Transcrevo para que dure online,  e seja lido fora da Nação brasileira :

FERNANDO     
HENRIQUE
CARDOSO

 
O Brasil está sendo devorado
Corrupção e poder




VAMOS AGIR NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES 


O Brasil está sendo devorado e não só por brasileiros ...

                                        
O que era episódico se tornou um 
 
‘sistema’ para a ‘governabilidade´
 








novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou recentemente ...
... que os desmandos que ocorreram em ...
sua pasta  ...
se devem a que as ONGs passaram a ter. 
maior participação na concretização de políticas públicas.                                          
E sentenciou: ele só fará convênios com as prefeituras,
não mais com segmentos da sociedade civil. Ou seja, em vez
de destrinchar o que ocorre na administração federal e de
analisar as bases reais do poder e da corrupção, encontra um
bode expiatório fora do governo.
No caso, quanto eu saiba, é opinião de pessoa que não tem
as mãos sujas por desvios de recursos públicos. Não se trata,
portanto, de simples cortina de fumaça para obscurecer práticas
corruptas. São palavras que expressam a visão de mundo
do novo ministro: o que pertence ao “Estado”, ao governo,
é correto; o que vem de fora, da sociedade, traz impurezas... O
mal estaria nas ONGs em si, não no desvio de suas funções
nem na falta de fiscalização , cuja responsabilidade é dos partidos
e dos governos.
Esse tipo de ideologia vem associado à outra perversão corrente:
fora do partido e do governo, nada éico; já o que se
faz dentro do governo para beneficiar o partido encontra justificativa
e se torna éico por definição.
Repete-se algo do mensalão. Naquele episódio, já estava
presente a ideologia que santifica o Estado e faz de conta
que não vêijo desvio de dinheiro púlico, desde que seja para
ajudar os partidos “populares” a se manterem no poder.
Com uma diferença: no mensalão se desviavam recursos púlicos
e de empresas para pagar gastos eleitorais e para obter
apoio de alguns políticos. Agora, são os partidos que se
aninham em ministérios e, mesmo fora das eleições, constroem
redes de arrecadação por onde passam recursos públicos
que abastecem suas caixas e os bolsos de alguns dirigentes,
militantes e cúmplices.
A corrupção e, mais do que ela, o “fisiologismo”, o clientelismo
tradicional sempre existiram. Depois da redemocratização,
começando nas prefeituras, o PT —e não só ele —enveredou pelo caminho de buscar recursos para o partido
nas empresas de coleta de lixo e nas de transporte púlico
(sem ONGs no meio...). Há entretanto, uma diferença essencial
na comparação com o que se vê hoje na esfera federal.
Antes, o desvio de recursos roçava o poder, mas não era condição
para o seu exercício. Agora, os partidos exigem ministérios
e postos administrativos para obter recursos que permi
 t a m  s u a  e x p a n s ão ,
a t r a i n d o  m i l i t a n t e s  e
apoios com as benesses
que extraem do Estado. É sob essa condição que dão
votos ao governo no Congresso.
O que era episódico
se tornou um “sistema”,
o que era desvio individual
de conduta se tornou prática
aceita para garantir a
“governabilidade”.
Dessa forma, as “bases”
dos governos resultam
mais da composição de interesses
materiais do que
da convergência de opiniões.
Com isso, perdem
sentido as distinçõs programáticas,
para não falar
nas ideológicas: tanto faz
que o partido se diga “de
esquerda”, como o PCdoB;
o u c e n t r i s t a , c o m o o
PMDB; ou de centro-direita,
como o PR; ou que epíteto
tenham: todos são
condôminos do Estado. Há apenas dois lados: o dos
condôminos e o dos que
estão fora da partilha do
saque. O antigo lema “é dando que se recebe”, popularizado
pelo deputado
Cardoso Alves no governo
Sarney, referia-se à nomeações,
ao apadrinhamento
que eventualmente
poderiam levar à corrupção,
mas em si mesmos não o eram. Tratava-se da forma tradicional,
clientelista de fazer política.
Hoje é diferente, além da forma tradicional —que continua
a existir — há uma nova maneira “legitimada” de garantir
apoios: a doação quase explícita de ministérios com as “porteiras
fechadas” aos partidos sócios do poder. Digo “legitimada”
porque, desde o mensalão, o próprio presidente Lula outra
coisa não fez do que justificar esse “sistema”, como ainda
agora, no caso da demissão dos ministros acusados de corrupção,
aos quais pediu que tivessem “casca dura” —ou queria
dizer caradura? —e se mantivessem nos cargos. Em um
clima de bonança econômica, a aceitação tácita desse estado
de coisas por um líder popular ajuda a transformar o desvio
em norma mais ou menos aceita pela sociedade.
Pois bem, parece-me grave que, no momento em que a presidente
esboça uma reação a esse lavar de mãos, um ministro
reitere a velha cantilena: a contaminação adveio das ONGs.
Esqueceu-se de que o governo tem a responsabilidade primordial
de cuidar da moral do Estado. Não há Estado que seja por
si só moral, nem partido que seja imune à corrupção pela graça
divina. Pior, que não possa se tornar cúmplice de um sistema
que se baseie na corrupção.
O “sistema” reage a essa argumentação dizendo tratar-se de
“moralismo udenista”, referência
à críticas que a
UDN fazia aos governos
do passado, como se ao
povo não interessasse a
moral republicana. Ledo
engano. É só discutir o tema
relacionando-o, por
exemplo, com trapalhadas
com a Copa para ver
se o povo reage ou não
aos desmandos e à corrupção.
A alegação antimoralista
faz parte da
mesma toada de “legitimação”
dos “malfeitos”. Não
me parece que a anunciada
faxina, embora longe
de haver sido completa,
tenha tirado apoios populares
da presidente. O obstáculo
a uma eventual faxina
não é a falta de apoio
popular, mas a resistência
do “sistema”, como se viu
na troca de um ministro
por outro do mesmo partido,
possivelmente também
para preservar um
ex-titular do mesmo ministério,
que trocou o PCdoB
pelo PT e hoje governa
o DF. Estamos diante de
um sistema político que
começa a ter a corrupção
como esteio, mais do que
simplesmente diante de
pessoas corruptas.
Ainda há tempo para
reagir. Mas é preciso ir mais longe e mais rápido na correção de
rumos. E, nesse esforço, as oposições não devem se omitir. Podem
lutar no Congresso por uma lei, por exemplo, que limite o
número de ministérios e outra, se não a mesma, que restrinja
ao máimo as nomeações fora dos quadros de funcionáios.
Por que não explicitar as condiçõs para que as ONGs se tornem
aptas a receber dinheiros públicos? Os desmandos não se
restringem ao Ministéio do Esporte, há outros na fila. Os dossiês
da mídia devem estar repletos de denúcias. Não adianta
dizer que se trata de “conspirações” contra os interesses populares.
É da salvaguarda deles que se trata.

E TAMBÉM PARA MEUS COMENTÁRIOS .
Sem dúvida nunca antes nessa Nação Brasileira houve tanta leniência com malfeitos  que no governo anterior ...o do Ex de g ...  tendo disso resultado um aparelhamento sem igual onde sanguessugas cínicos que se intitulam fisiológicos ou disfarçados de agentes de ideologias salvadoras que não explicam o pífio IDH a que chegamos após esses 8 anos de desgoverno . Repito : enquanto ideologia não se tornar palavrão, e o governo não se aproximar do povo que trabalha,  e produz a riquesa , não sairemos do beco maldito dessa política safada . Não sei se minha sugestão de confederação rersolveria mas acho que melhoraria as condições de mudança .Outra coisa ...concientização por parte dos eleitores , que das nossas escolhas virá um amanhã melhor ou pior para todos .Que somos nós, e não o aparelhamento e /ou qualquer outra desculpa , que  fazemos a realidade ...vamos mudar ! Vejam para entender melhor a postagem anterior  publicada no blog Crônicas do Quotidiano e republicada nesse blog  :

Em fim só resta convidar os leitores a realizar a mudança ...começando pela própia .Até mais

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